terça-feira, 29 de junho de 2021

Pronomes

 Pronomes

Os pronomes são palavras que substituem grupos nominais de forma a evitar repetições.


 


Já conheces os pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e indefinidos. Agora no 7º ano vais aprender os pronomes relativos.


 


Subclasses

Pessoal

eu, me, mim, comigo

tu, te, ti, contigo

ele,ela, se, o, a, lhe, consigo

nós, nos, connosco

vós, vos, convosco

eles,elas, se, os, as, lhes, consigo

Possessivo

meu, minha, meus, minhas

teu, tua, teus, tuas

seu, sua, seus, suas

nosso, nossa, nossos, nossas

vosso, vossa, vossos, vossas

Demonstrativo

este, esta, estes, estas

esse, essa, esses, essas

aquele, aquela, aqueles, aquelas

o outro, a outra, os outros, as outras

isto, isso, aquilo

Indefinido

muito, muita, muitos, muitas

pouco, pouca, poucos, poucas

todo, toda, todos, todas

algum, alguma, alguns, algumas

nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas

tanto, tanta, tantos, tantas

outro, outra, outros, outras

qualquer, quaisquer

nada

tudo

alguém

ninguém

outrem

Relativo

o qual, a qual, os quais, as quais

que

quem


segunda-feira, 14 de junho de 2021

Morfemas

 Os morfemas são unidades ou elementos de significação que formam as palavras, bem como alteram o seu significado. Também podem ser chamados de elementos mórficos.


Exemplos:

nascer, renascer, nascido, nascimento, nasciturno.


Tipos: Presos e Livres

Quando o morfema por si só encerra o significado de um vocábulo ele é chamado de livre. Os morfemas presos, por sua vez, são aqueles que sozinhos não detém significado.


Exemplos:

mar (morfema livre), s - morfema que indica plural (morfema preso).


Classificação: Lexicais e Gramaticais

São morfemas lexicais: os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios de modo.

São morfemas gramaticais: os artigos, os pronomes, os numerais, as preposições, as conjunções e os demais advérbios, bem como os elementos mórficos que indicam número, gênero, modo, tempo e aspecto verbal.

Estrutura das Palavras

Radicais

Esse é o elemento comum. Ele serve de base às palavras.

Exemplos: ferro, ferreiro, ferragem, ferrugem.


Na nossa língua existem uma série de palavras cujos radicais são de origem grega ou latina.


Exemplos em grego:


agro=campo, tal como agronomia.

demo=povo, tal como democracia.

Exemplos em latim:


agri=campo, tal como agricultor.

fide=fé, tal como fidedigno.

Afixos ou Morfemas Derivacionais

Esse é o elemento que se junta à palavra para formar novas palavras. Os afixos são classificados em prefixos e sufixos, de acordo com a posição nas palavras, respectivamente antes e depois do radical.


Exemplos de prefixos: contradizer, infeliz, ambivalente.


Exemplos de sufixos: ricaço, lealdade, narigudo.


Tal como acontece com os radicais, a maior parte dos afixos da língua portuguesa tem origem no grego ou no latim.


Exemplos em grego:

anti=oposição, tal como antipatia.

pos=posição, tal como posterior.

cracia=poder, tal como democracia.


Exemplos em latim:

bi=dois, tal como bisavô.

re=repetição, tal como refazer.

ista=ofício, tal como dentista.


Desinências ou Morfemas Flexionais

Esse é o elemento que se junta à palavra para assinalar flexões gramaticais e podem ser nominais e verbais. As desinências nominais indicam gênero e número, enquanto as verbais promovem as conjugações dos verbos (desinências modo-temporais e desinências número-pessoais).


Exemplos de desinências nominais: aluno, alunos, bela, belas.


Exemplos de desinências verbais: escreverei (re-desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i-desinência de 1.ª pessoa do singular); estudávamos (ava-desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos-desinência de 1.ª pessoa do plural).


Morfema Zero

O Morfema Zero é a ausência de desinência. Assim, não necessita de qualquer desinência para encerrar o seu sentido. A ausência da letra “s” no final de uma palavra, por exemplo, pode indicar que a mesma se apresenta no singular.


Exemplo: sol, livro, mês.


Vogais Temáticas

A vogal temática é a vogal que se junta ao radical e daí recebe as desinências. Ela indica a conjugação a que os verbos pertencem:


1.ª conjugação - vogal temática A. Exemplos: amar, ensaiar, saltar.

2.ª conjugação - vogal temática E. Exemplos: entender, ler, saber.

3.ª conjugação - vogal temática I. Exemplos: decidir, sair, unir.


quinta-feira, 10 de junho de 2021

Contrarreforma Resumo

 A Igreja Católica precisava urgentemente se posicionar perante o avanço das novas igrejas cristãs, dos reis que aproveitaram o movimento protestante para se opor ao Papa e da perda de fiéis. A resposta dela a todo o movimento iniciado pela Reforma foi chamada de Contrarreforma. Reunida em Trento, a Igreja:


estabeleceu normas;

reforçou seus ensinamentos; e

iniciou o combate a heresias e novas igrejas.

Além disso, ela retomou sua atividade missionária, avançando a catequese para as regiões mais distantes do mundo, como a Ásia e a América.


A Companhia de Jesus foi criada por Inácio de Loyola, para formar padres missionários que pudessem levar a mensagem católica para outras regiões do mundo. Os padres jesuítas, como eram conhecidos os religiosos dessa congregação, embarcaram juntamente com portugueses e espanhóis na conquista do Novo Mundo. Na América, os jesuítas tiveram como missão catequizar os indígenas e estabelecer arcebispados nesses lugares.


Outra medida tomada pela Igreja Católica ao longo da Contrarreforma foi a instalação dos Tribunais da Santa Inquisição. Os hereges, ou seja, aqueles que contestavam as doutrinas católicas, eram julgados e, caso fossem condenados, eram excomungados ou até mesmo mortos na fogueira.


No começo da Modernidade, vários cientistas começaram a estudar o funcionamento do Universo e, se a descoberta fosse contrária à concepção católica do mundo, esses cientistas poderiam ser punidos pela Inquisição. Giordano Bruno foi um dos pensadores da ciência moderna julgados pelo tribunal eclesiástico. Como ele se recusou a negar seus estudos, foi condenado à morte na fogueira.


Durante o Jubileu do ano 2000, o Papa João Paulo II promoveu uma revisão da atitude da Igreja Católica ao longo dos séculos. Ele reconheceu vários erros cometidos pelo clero durante a Inquisição, como os julgamentos de Giordano Bruno e Joana D’Arc, que morreram na fogueira, bem como de Galileu Galilei, que renegou seus estudos. Os sucessores de João Paulo II — Bento XVI e Francisco — tomaram medidas no sentido de abrir os arquivos do Vaticano para que outros estudiosos pudessem ter acesso aos documentos históricos do período da Contrarreforma e analisar a atuação da Igreja Católica naquele período histórico.


Em 1995, o Papa João Paulo II esteve em Trento para celebrar os 450 anos do concílio que ocorreu nessa cidade. Em um discurso feito na mesma catedral que, em 1545, iniciou os trabalhos da Contrarreforma.

Resumo sobre a Contrarreforma

A Contrarreforma foi uma reação da Igreja Católica ao avanço das igrejas protestantes durante o século XVI, reafirmando os dogmas católicos e o poder do Papa.

A Reforma Protestante começou logo após Martinho Lutero afixar suas 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha.

Lutero foi excomungado e considerado herege, e sua atitude desencadeou o cisma no cristianismo ocidental.

A imprensa teve um papel significativo na disseminação das ideias protestantes, ao divulgar livros e a Bíblia, que foi traduzida por Lutero do grego para o alemão.

Algumas das medidas adotadas pela Igreja na Contrarreforma foram a criação do Tribunal da Santa Inquisição, a fundação da Companhia de Jesus e a defesa dos dogmas católicos e da infalibilidade do Papa.


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Reforma Protestante Resumo

 A Reforma Protestante foi um movimento de reforma religiosa ocorrido na Europa, no século XVI. Esse reformismo religioso foi iniciado por Martinho Lutero, um monge alemão insatisfeito com a cobrança de indulgências pela Igreja Católica. Lutero elaborou as 95 teses e fundamentou uma teologia que deu origem a novas denominações dentro do cristianismo.


Contexto: Europa no século XVI

A Europa do século XVI passava por profundas transformações. As estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais que marcaram o continente durante a Idade Média estavam sendo substituídas. Havia expansão econômica e, politicamente, novos interesses e novas formas de governo se consolidavam.


A religião perdia a sua força, pois, a partir do Renascentismo, começou a se consolidar a ideia de que o homem era o centro de todas as coisas. A cultura renascentista também contribuiu para que as artes ganhassem novo fôlego, resgatando, sobretudo, o legado da cultura clássica. Assim, novas ideias e novas formas de enxergar o mundo foram difundidas com a invenção da imprensa.


A Igreja Católica, por sua vez, enfrentava uma crise de credibilidade, e sua contestação vinha desde a Idade Média. As críticas à Santa Sé tratavam de questões como a quantidade de terras e outras riquezas nas mãos da Igreja, a corrupção dos clérigos, o abuso do poder, etc. Assim, questionamentos eram realizados abertamente. Os casos dos valdenses e as críticas feitas por John Wycliff e Jan Huss são demonstrações claras de que a insatisfação com a Igreja Católica se arrastava por séculos. Os dois últimos, inclusive, são considerados precursores da Reforma Protestante.


Quais foram as causas da Reforma Protestante?


A Reforma Protestante foi um movimento de reforma religiosa que aconteceu dentro do cristianismo, sendo iniciado por Martinho Lutero em 1517. Veremos ao longo do texto que Lutero não desejava criar um movimento religioso que se separasse da Igreja Católica, mas que a reformasse, uma vez que ele tinha discordâncias de caráter teológico.


As antigas críticas que eram realizadas à Santa Sé foram retomadas por Martinho Lutero, um monge agostiniano que era professor de teologia na Universidade de Wittenberg. Apesar de ser um monge e, portanto, membro do clero, Lutero tinha inúmeras críticas à Igreja Católica.


O grande questionamento que movia Lutero era a questão da venda de indulgências, isto é, a Igreja pedia doações em dinheiro em troca de perdão pelos pecados. Quando a Igreja tinha objetivos importantes, ela realizava uma venda especial de indulgências e incentivava as pessoas a darem contribuições em troca desse perdão e da garantia de salvação.


No contexto de Lutero, o monge João de Tetzel tinha sido encarregado por uma autoridade do Sacro Império Romano-Germânico para recolher indulgências em Wittenberg. Isso foi o motivador para Lutero questionar abertamente a prática das indulgências. Parte delas seria utilizada na construção da Basílica de São Pedro, em Roma.


Além disso, Lutero era crítico de outras práticas, como a simonia, isto é, a venda de cargos e funções eclesiásticas. Lutero entendia que essas ações da Igreja Católica iam contra o seu entendimento da fé cristã, porque ele não acreditava na ideia de que a salvação acontecia mediante obras, mas pela fé.


A insatisfação de Lutero, como mencionado, não tinha como objetivo promover um rompimento ou dividir a Igreja Católica. Ele queria apenas combater práticas que considerava inadequadas para que a fé católica pudesse ser reformada. No entanto, o processo iniciado por Lutero deu abertura para mudanças profundas em questões políticas e econômicas na Europa do século XVI.


A primeira mudança ocorreu no âmbito político, pois a Europa já não era aquela do período medieval, uma vez que, a partir da Baixa Idade Média, foi iniciado o processo de centralização do poder dos monarcas e da formação dos Estados Nacionais. Acontece que, ainda no século XVI, a Igreja era muito poderosa e sua influência sobre o poder secular, isto é, o poder dos reis, ainda era muito grande.


Nesse contexto, as agendas e os interesses dos Estados Nacionais e dos reis começavam a se distanciar dos interesses da Igreja. Portanto, era necessário enfraquecer a Igreja para que um distanciamento entre o poder secular e o poder eclesiástico fosse possível. Os questionamentos de Lutero surgiram como possibilidade de promover isso e, por essa razão, ele contou com o apoio de muitos príncipes.


Do ponto de vista econômico, os questionamentos de Lutero abriam a possibilidade de se conquistar maior autonomia econômica, uma vez que os líderes seculares não dependeriam mais dos favores da Igreja Católica e, portanto, não precisariam mais pagar impostos para Roma. Além disso, a Reforma Protestante fez com que ressentimentos com a prosperidade de Roma e da Península Itálica em contraposição com a pobreza do Sacro Império se aflorassem.


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